Festa Numerada
por Carlos Eduardo Cruz Almeida – 9° EFA

Festa Numerada por Carlos Eduardo Cruz Almeida – 9° EFA

Festa Numerada, uma festa em uma mansão, sem hora para acabar, da madrugada até o amanhecer. Bebidas a vontade, comida sem limites e até umas coisinhas a mais. 36 convidados e nada para dar errado.

A festa começava às 22h, porém por volta de 21h30 já estavam chegando alguns convidados. Cada um recebia uma pulseira com um número de 1 a 36. Quando todos os convidados chegaram, as bebidas foram liberadas. O tempo foi passando, começaram a ficar bêbados e perceberam que o 22 havia sumido, quando viram uma mão decapitada na mesa principal da casa. Ficaram assustados e começaram a procurar por ele.

O sistema de som da festa falha e uma voz anuncia: “Sabem o drink que todos estão bebendo? Contém o sangue do 22! Não adianta tentarem sair, está tudo trancado, e até o amanhecer a casa estará banhada com o sangue de todos os números! Aproveitem bem!”

Apavorados, tentaram arrombar a porta da mansão, o que não deu em nada. Misteriosamente, todos esqueceram-se do que tinha ocorrido e continuaram dançando. Porém, os números 12 ao 17 começaram a vomitar sangue, fazendo um show de horror na festa. Novamente todos começaram a ficar apavorados e lembrarem do que tinha acontecido. Aparentemente o drink que eles haviam tomado continha uma droga que dava amnésia temporária e os faziam vomitar o próprio sangue.

A voz aparecera de novo: “Aproveitem a festa! Agora restam 29! Uma nova rodada de bebidas para todos!”. Na mesa principal, havia, de uma ponta a outra, vários drinks, agora amarelados. Todos se negaram a tomar os drinks, porém a voz falou novamente: “Realmente vão fazer isso? Pois então do 1 ao 36 vocês vão morrer!” Então, de repente, os olhos do número 1 explodem. Dez segundos depois, a cabeça do número 2 cai de seu pescoço, o número 3 fica sem os dois braços e o coração do número 4 sai pelo peito. “Vamos, bebam, ou querem ver mais gente “morrendo?”, a voz disse novamente.

 O 5, 6 e 7 já tinham morrido, antes que os restantes pudessem beber seus drinks. Novamente, depois de tomarem, esqueceram e começaram a agir normalmente. Os números 8, 9, 11, 23, 25, 27, 29, 31 e 34 vomitaram a bebida. O 25 começou a formar uma equipe para fugir do lugar, então a voz surge novamente “Vamos acabar logo com isso então! A cereja, ou melhor, a calda do bolo, vocês quem vão fazer, o último de vocês que sobrar pode sair da casa!”

De repente, com exceção dos dez convidados que vomitaram e que apenas se defendiam, todos começam a se matar: dedo para um lado, braço para o outro. O 11 teve o coração apunhalado, o 27 morreu com um corte profundo na testa, o 23 se sacrificou para salvar o 8, e o 25 foi espancado por 3 números. Com apenas o 9, 20, 31, 34 e 29 vivos, eles sobem a escadaria da mansão para escapar pelo enorme telhado. “Venham por aqui” diz o 9. O 31 estava com um taco de beisebol e conseguiu quebrar o forro do teto do andar de cima, quando vê que ali era um esconderijo. 

Todos sobem e veem que estão num enorme sótão, cheio de computadores e corredores. “Ora ora ora, vocês me encontraram. Parabéns, vocês ainda estão com as pulseiras, não é? Pena que não posso ficar no encontro!” Então o homem por trás daquilo tudo sai correndo, o 34 consegue pegá-lo, mas a pulseira em seu pulso explode e ele morre empurrando todos os outros números. Eles se levantam rapidamente, mas o homem já tinha conseguido escapar por uma porta do sótão para o telhado. Os convidados restantes conseguem pular na piscina e, já com a aurora despontado, chamam a polícia para ver aquele massacre ocorrido na casa.

– Bela história, mas porque mentir no final? Você poderia ser um grande homem, mas foi pego pelos seus próprios amigos não é, por que não falou que era o 36?

– Gozando da minha cara, a minha sentença de morte?

– Belas últimas palavras Jonathan, que você queime no inferno.

(Conto de Horror)

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