Discrepância entre a concentração de renda e a desigualdade brasileira – Jenyffer Saraiva Fernandes – 2° EMA

Jenyffer Saraiva Fernandes

Discrepância entre a concentração de renda e a desigualdade brasileira – Com a vinda da 1ª Revolução Industrial, inúmeros fatores colaboraram para a afluência política e econômica nas cidades e regiões industriais. Essa estrutura econômica ainda permanece contribuindo para a desigualdade no panorama atual entre as regiões do país. Nesse prisma, destacam-se dois aspectos relevantes: a escassez de investimentos nas regiões menos desenvolvidas e a ausência de imparcialidade das políticas de expansão econômica. 

Em primeira análise, é explícito a falta de investimentos que pretendam gerar valor às regiões menos desenvolvidas. Portanto, é preciso que os setores educacionais, econômicos e culturais cresçam em conjunto, levando estas regiões ao desenvolvimento e ocupação de um espaço de proeminência das grandes empresas.

Consoante a isso, o conceituado economista britânico, Sir Arthur Lewis, alega que a educação e tecnologia nunca será despesa, mas sim um investimento com retorno assegurado. Sendo assim, é preciso que o governo reformule o repasse de verbas destinadas aos diversos setores de expansão, visando que esse estímulo irá estimular estas regiões e abrandar a desigualdade. 

Além do mais, transparece que as políticas de expansão e inovação beneficiam as regiões com maior participação no PIB nacional e IDH superior.

Nessa perspectiva, segundo o IBGE, mais de 70% do PIB nacional está dirigido às regiões Sudeste e Sul, fato que se faz vigente a um longo período da história do país. Por já serem regiões desenvolvidas, o crescimento é facilitado e o retorno econômico é maior. Dessa forma, essas regiões possuem preeminência na implementação de novas indústrias, na geração de pólos tecnológicos e estímulo de capital estrangeiro. Quem mais necessita dessas políticas de incentivo é quem menos a obtém, sendo assim, inexiste uma equidade de distribuição e investimento. 

Constata-se portanto, a adesão de medidas que venham reduzir a desigualdade regional brasileira. Deste modo, cabe ao Governo Federal, redigir um plano de ação econômico, através do Ministério da Economia e do Comércio, por meio de um acordo conjunto entre os governadores das unidades federativas, com o propósito de incentivar o crescimento socioeconômico dessas regiões e ampliar a indústria local, a fim de conceber valor econômico regional e descentralizar a indústria. Apenas assim, vamos atenuar a desigualdade e encetar a mudança da estrutura econômica atual.

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