O Povo Bondú e o Futuro Florestal por Beatriz Botechia Hernandes – 6°EFB

O Povo Bondú e o Futuro Florestal por Beatriz Botechia Hernandes – 6°EFB

O Povo Bondú e o Futuro Florestal, esse conto se inicia com a história da tribo Bondú. Um povo assombrado por uma maldição traiçoeira, que causava transformações inimagináveis: os mais nobres guardiões da tribo se tornavam lobos, que andavam em alcateias, os menos, em enormes cães que caminhavam em matilhas. Porém, essas transformações ocorriam apenas ao entardecer.

Companheiros, justiceiros, caçadores-coletores, sim! Esses comportamentos faziam parte do povo Bondú. Por não poderem se transformar quando dia, ainda faziam justiça enquanto o sol raiava. Até que a Lua Nova despertou e a procura da igualdade começou. Castín, um morador da tribo, avistou um homem aparentando estar armado e sem acompanhantes. Em um baixo sussurro, Castín comentou:

– Deve ser um dos moradores das cidades vizinhas. Aqui, há pessoas com más intenções em relação à nossa natureza.

Imediatamente, Castín se dirigiu à tribo e consultou o Pajé, o guardião do povo Bondú. Sem muita demora, o Pajé encaminhou a mensagem, anunciada por Castín, para toda a tribo, e comentou:

– População Bondú, fui informado sobre pessoas, caçadores, mais precisamente, com más intenções contra nossa natureza, permaneçam com os olhos abertos, eles podem voltar a qualquer instante.

O Pajé agradeceu Castín e mencionou:

– Auxiliarei você para escolher os moradores mais corajosos.

Castín passou a noite em claro, selecionando os mais nobres da tribo, os que mais chamaram sua atenção foram: Caíque, Cauê e Cauã. Ao amanhecer, com sua decisão em mente, Castín se dirigiu aos três corajosos da tribo Bondú e disse:

– Vocês foram os três selecionados maiorais, os mais distintos, os mais nobres companheiros de nossa tribo. Partiremos à caçada às 19h30 em ponto.

Sem tanta certeza, os meninos decidiram seguir a indicação de Castín e para fazer com que permanecesse claro, Castín afirmou em um alto tom de voz:

– É uma ordem!

Os três se intimidaram, mas se prepararam para o horário marcado.

No dia seguinte, às 19h30, Castín, Caique, Cauê e Cauã se transformaram em enormes cães. Caique, pronto para atacar, foi interrompido por Castín, que disse:

– Receio que possam nos descobrir, aconselho que espantemos eles através de nossas maldições.

Interrogou Cauã:

– E como faríamos isso?

Respondeu Castín:

– Podemos uivar, agitar o ar, causando rajadas de vento repentinas ou até mesmo envolver objetos fazendo com que possamos movê-los.

Todos concordaram com a ideia de Castín, assim fizeram com que diminuísse o número dessas tais visitas. Com essas práticas os moradores locais foram se distanciando cada vez mais da tribo.

O Pajé anunciou os verdadeiros cavalheiros. Porém, a tribo continua tendo essas “visitas inesperadas”? Não, com a atitude desses 4 meninos, a floresta se tornou reconhecida como “a floresta amaldiçoada” ou algo do tipo. Bem, foi o que me disseram, mas esse apelido é uma mentira? Mhmhmh… nem tanto.

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